dicionário monteirês

 

Todo Monteirense Entende Que.....

 

Pedaço de pedra é xêxo;

Quem não paga é xexêro;

Defender alguém é acoitar;

Pessoa oportunista é garapeira;

Quintal de casa é muro ou terrêro;

Tudo que é bom é massa;

Tudo que é ruim é peba;

Rir dos outros é mangar;

Ficar cheio de não me toque ou frescura é pantim;

Faltar aula é gazear;

Colar na prova é filar;

Ficar sem falar é se intrigá ou ficar de mal;

Se voltar a falar pediu pinico;

O que não vale é não voga;

Quem é franzino (pequeno e magro) é xôxo;

O bobo se chama leso ou abestaiado;

O medroso se chama frouxo;

Tá com raiva é invocado;

Apressado pede, se avexe não;

Preocupado com problemas tá aperreado;

Ligeiro ou apressar é se avexe;

Estranhar algo é oxente;

Indignação é avalie mermo;

Perguntar quanto custa é a cuma é;

Uma pessoa pensando, tá matutano;

Quando a pessoa gosta de aparecer é amostrada;

Mexer com algo ou com alguém é bulir;

O sabidão é cão chupando manga ou tampa de Crush;

Chupar um bombom ou bala é chupar confeito;

Ajudar num namoro é cortar jaca;

Ir com a irmã namorar vai segurar vela;
Lá, lagartixa ou corôca é o mesmo bicho;

Se alguma coisa é difícil é porque tá de rosca;

Dor no abdômen é dor de viado;

Se uma pessoa está com tudo, tá com a bixiga lixa;

Se alguém perde a paciência se diz pegou ar;

Pessoa surpresa ou irritada fala: arre-égua;

Duas pessoas que só andam juntas: andam encangado;

Conversa sem futuro, conversando miolo de pote;

Alguém escapa da morte, diz-se escapou fedendo;

Para seguir em frente manda ir no rumo da venta;

Vai sair, diz vou chegando;

Uma pessoa que possui bens, rica é estribada;

Pernilongo é muriçoca;

Botão de som é pitôco;

Levantar o som é arribar ou altear;

Se é muito miúdo é pixototinho;

Se é pedaço chama cotôco;

Se o nariz tá sujo, tá com catôta;

Chicote se chama açoite;

Sandália de couro se chama percata;

Peça de madeira em cima do jumento é cangaia;

Se a pessoa traiu, falam que botou gaia;

Mandar tomar conta “vigie mermo”;

Quando não gosta de algo diz vôte;

Quem entra sem licença emburaca;

Quando manda falar tudo é desembuche;

Quem grita muito é gasguita;

Se está passando mal, tá com gastura;

Monte de lixo se chama monturo;

Mulher de mini-saia mostra a pôpa da bunda;

Moça exibida ou namoradeira é assanhada;

Se uma “moça” foi desvirginada perdeu o cabaço;

Ir ao banheiro é ir a casinha;

Ficar de guarda é ficar de butuca ligada;

Tá embriagado, tá mamado ou bicado;

Uma pessoa que não escuta é môca;

Mas, se falar muito manda fechar a matraca;

Tá com raiva, diz tá com a bobônica ou bixiga lixa;

Tipo de xingamento: infeliz das costa oca;

Se está desarrumado, tá bagunçado;

Quando tá folgado, tá folote ou afolozado;

Se tá zangado estrebucha;

Dor na coluna ou no ispinhaço é a mesma coisa;

Já pescoço, se conhece por cangote;

Quem tem sorte é cagado;

Tá com desperdício, tá istruindo;

Ficar de olhos abertos é arregalar as bila;

Dar uma surra é mesmo que dá uma pisa;

Fusca em Monteiro chamam de vôquis;

Agora se o carro é velho é uma fubica;

Já o painel do carro é tabelier;

O motorista do caminhão vai na boleia;

Contornar com o carro é fazer o balão ou arrodear;

Pessoa com muita conversa pede-se: deixe de arrudei;

Último ônibus da noite é o bacurau;

Menino teimoso, desobediente é maluvido;

Sujeira se chama grude ou serôte;

Se é babão ou puxa-saco é chaleira ou xeleléu;

Cambalhota ou salto solto é cangapé ou bunda-canasta;

Profissional do sexo é quenga;

No carnaval palhaço é papangu;

Cercar é o mesmo que ataiá;

Mergulhar é dar um frexeiro;

Molho de comida se chama graxa;

Mentira cabeluda é estória de trancoso;

Se vou de carona, vou de bigú;

Buraco na estrada é catabi;

Homossexual (viado) é máquina;

O mesquinho ou sovina é mão de vaca;

Galinha do pescoço pelado é gogó de sola;

Quem promete e não cumpre, bate fôfo;

Gente insistente é pegajosa;

Se alguém tá com o olho sujo, tá com remela;

Catinga de suor é inhaca;

Mancha de pancada é ronxa;

Se fala besteira, tá falando brebôte;

Briga pequena é arenga;

Perdeu a paciência vá se lascar seu fela da gaita;

Performance ou atitude de palhaço é munganga;

Pão francês é aguado;

Biscoito pode ser soda ou broa;

Doce de batata de umbu é tijolo;

“Doce” com recheio de chorisco é bêra-sêca;

Desarrumado é malamanhado;

Pessoa triste é borocoxô;

O mesmo que "e então" é "e apôi";

Estouro lá se chama pipôco;

Confusão é rolo;

Corrente, no pescoço, com pingente é trancilim;

Já corrente sem pingente se chama volta;

Pedaço de cana descascada pra chupar é rolete;

Rolete à venda vem enfiado na taboca;

Comprimido para melhorar é cachete ou cibazol;

Imitar é arremedar;

Corrida de cavalo lá é prado;

Quando chove tomo banho na biqueira;

Zona, cabaré, puteiro é  bereu ou rói-couro;

Fecho ecler ou zíper para roupa é ri-ri;

Quem vai na carroceria de caminhão é caga-lona;

Agora se for pendurado é pegar morcego;

Secar roupa no varal é botar pra quarar;

Estória de três dias atrás é dernantonte;

Quem não dirige bem é cangueiro;

Relógio antigo é  roscofe;

Sem educação, plebe, rude é uma mundiça;

Se bebeu muito ficou cheio dos pau;

Resto de água dos outros é o sobejo

Coceira no corpo é chanha ou maruim;

Quem tem as pernas tortas é porque são zambeta;

Moça velha que não casou ficou no caritó;

Zombar, tirar sarro é zonar ou mangar;

Mata onde cria o gado é manga;

Tela do candeeiro que acende é manga;

Fazer careta ou presepada é fazer munganga

Estrada onde passa carro é rodage;

Pessoa esperta, cheio de enrolada é um marueiro;

Jarra feita de barro para botar água é quartinha;

Cascudo na cabeça é cocorote ou croque;

Batida de carro é peitada ou chapuletada;

Doce feito de rapadura é alfinim;

Imã é azogue;

Peidou soltou uma bufa;

Matuto, caipira é um brocoió ou abestaiado;

Distante é  lonjura, caxaprego ou baixa da égua;

Remexer, procurar é cascaviar;

Alto, repetitivo é igual cantiga de grilo;

Em cima está em riba;

Eu aposto, dou minha palavra eu cegue da gota serena;

Vigiar é tomar de conta ou pastorar;

Pagar aos poucos, em parcelas é pagar na valsa;

Pessoa pequena ou pássaro pequeno é sibiti baleado;

Uma pilha de coisas, um monte é monturo ou ruma;

Acalmar-se, ficar quieto é sossegar o facho;

Dar um mergulho é tibungar;

A parte do quintal ao lado da casa é o oitão;

Virar o rosto violentamente é dar uma rabiçaca;

Olhar, ver ou perceber é dá fé;

Correndo, ligeiro ou apressado vai desembestado;

Apertar é o mesmo que arroxar ou acunhar;

Lá bola de gude ou bila são o mesmo brinquedo;

Aplicou um lençol no futebol deu um bãe de cuia;

Agora se o chute foi forte deu um tuba;

Não acertou a bola deu uma cheirada;

As traves do campo é barra;

Se o lugar é longe de difícil acesso, fica lá nas brenha;

Criança pequena magra é um bruguelo;

Feixe de varas pra queimar na broca do roçado é coivara;

Se sua faca já está gasta, então é um trinchete;

A mão cheia de alguma coisa é um punhado;

Barriga, pode chamar de buxo que nós entende;

Mulher muito feia é um cambão ou canhão;

Galo castrado é capão, se é mais novo é frango;

Grande quantidade, coisa muita, então é uma carrada;

O sapo sendo grande é um cururu;

Agora se for falar de antigamente é......de primeiro;

A fruta estando boa de tirar do pé “ta de vez”;

Se o cabra é viado deu falsa-bandeira;

Gargalhada ou risada é gaitada;

Se for comprar carne sem osso peça mucissa;

Aposta ou brincadeira sendo pra valer então é na vera;

Espiral de pano para amaciar a carga na cabeça é rodilha;

Para comer melancia parta em taiada;

Se bateu no nariz machucou o pau da venta;

Cofrinho de colocar moeda é minhaeiro;

Cofrinho da bunda é regada;

Se vai do sítio para Monteiro, pode dizer: vou na rua;

Estilingue de atirar pedra é balinheira;

Quando o carro está velho diz que tá ronceiro;

Resistir não se entregar é estribuchar;

Se aproximar se aprochegue;

Insistir é pelejar;

Ânus é o mesmo que butico, boga, furico ou fiofó;

Bronca, repreender diz-se levou um carão;

Cachaceiro é um cu de cana;

Dar no couro, trepar e pimbada é tudo sexo;

Contra a vontade é fazer na marra ou na tora;

Se o menino é danado é maluvido ou traquino;

Festinha dos jovens era assustado;

Quando vou num velório vou fazer quarto;

Puxar alguém ou alguma coisa da um puchavanco;

Tá com pressa tá avexado;

Venha, ande logo se apresse avia;

Conversa besta, sem fundamento é aresia;

Desorganização é balaio de gato;

Se morreu é porque bateu a caçuleta;

Espiar, olhar ou espionar é brechar;

Amor entre duas mulheres estão fazendo sabão;

Moleque, adolescente é um frangote;

Tomar uma dose de cana deu uma goipada;

Conversa fiada é um leriado da gota;

Boneca chama-se calunga;

Hepatite é intiriça;

Salto pequeno ou pulo deu um pinote;

Ir embora vou pegar o beco;

Só, esquecido,

liso tá numa pindaíba da moléstia;    

Homem alto ou grande é um varapau;

Apressado, ligeiro aquele tá avexado;

Andar devagar, demorar, tá com preguiça é remanchar;

De repente ou no supetão são a mesma coisa;

Grávida ou buchuda tá amojada;

Solavanco lá é supapo;

Dentadura é chapa;

Tecido para costura é fazenda;

Peça íntima de mulher é anágua ou combinação;

Blusa para não abrir coloque colchete;

Chapéu, boné é gorro;

Porco pequeno é bacurim;

Árvore, planta é pé de pau;

Sombra é o mesmo que réstia;

Festa no Clube diz-se vou ao baile;

A cor vermelha lá é encarnado;

Coisa pouca ou quase nada é um tiquim;

Cocô. fezes ou tolete é a mesma bosta

Água com açúcar é garapa;

Rapaz bonito é um pão;

Cabelo ruim ou enrolado é pichaim;

Se Chove e faz sol é casamento da raposa;

Mancha na roupa é uma noda;

Barulho ou som muito alto é zuada grande;

O animal castrado diz-se que é capado;

Copo de beber água é caneco;

Se o carro ou a moto quebrou deu o prego;

Se quiser dar uma gorjeta é dar um agrado;

Seu primo de primeiro grau é seu primo carnal;

Quando for comprar pão peça pra levar numa bolsa;

Tá sentindo alguma dor é incômodo;

Se for verme é lombriga;

Agora se é alguma ferida é pereba;

Mas se for na clavícula é na pá;

Último foi o derradeiro a chegar;

Fazer mal, maltratar, torturar tá judiando;

Vagina ou clitóres é xibiu

Cantar na porta da namorada é serenata;

Confusão de família o ribuliço é grande;

Mercearia chama-se venda ou bodega;

Quando o cabra está chateado tá amuado;

Chato é o mesmo que abusado;

Caloteiro, devedor que não paga é um velhaco;

Levou uma queda é porque levou um baque;

Torto ou envergado é troncho;

Quem pede esmola é esmolé.

 

 

E tudo mudou...

O rouge virou blush

O pó-de-arroz virou pó-compacto

O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor

A Lycra virou stretch

Anabela virou plataforma

O corpete virou porta-seios

Que virou sutiã

Que virou lib

Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair

A escova virou chapinha

'Problemas de moça' viraram TPM

Confeti virou MM

A crise de nervos virou estresse

A chita virou viscose.

A purpurina virou gliter

A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba

A ergométrica virou spinning

A tanga virou fio dental

E o fio dental virou anti-séptico bucal

 

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo

O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão

O espaguete virou Miojo pronto

A paquera virou pegação

A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping

A areia virou ringue

A caneta virou teclado

O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD

O CD já é MP3

É um filho onde éramos seis

O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual

A cantada virou torpedo

E do 'não' não se tem medo

O break virou street

O samba, pagode

O carnaval de rua virou Sapucaí

O folclore brasileiro, halloween

O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico

Fortificante não é mais Biotônico

Bicicleta virou Bike

Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV

Fauna e flora a desaparecer

Lobato virou Paulo Coelho

Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV

Baby se converteu

RPM desapareceu e agora virou fênix

Elis ressuscitou em Maria Rita?

Raul e Renato Russo,

Cássia Eller e Cazuza,

Lennon, Elvis e Mamonas

Todos anjos

Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe

A bala antes encontrada agora é perdida

A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante

O professor é agora o facilitador

As lições já não importam mais

A guerra superou a paz

E a sociedade ficou incapaz...

.... De tudo.

 

MINHA TERRA

 

Esta é a terra onde nasci: MONTEIRO!

Pequenina cidade, humilde e bela!

Basta olhar a Matriz, ver o Cruzeiro,

Para sentir toda a magia dela!

Nesta terra poética, singela,

Escutei muita história de vaqueiro!

De cidadão de cravo na lapela!

De herói! De cantador! de cangaceiro!

Hoje ruas e praças, rio e gente,

Está tudo mudado, diferente,

Como é que pode haver mudança assim?

Foram-se aqueles tempos bons, risonhos,

Só tu, Monteiro velho dos meus sonhos,

És o mesmo Monteiro para mim!

 

Autor: Jansen Filho

 

 

 

PENSE NUM LUGAR ABENÇOADO POR DEUS!
 

VOCÊ PODE ATÉ RIR DA MANEIRA DE FALAR DE UMA PESSOA DE MONTEIRO, 

MAS NUNCA VAI CONSEGUIR TIRAR O ORGULHO DE DENTRO DE NÓS!

 

ADORO TER NASCIDO NAQUELA TERRINHA ARRETADA!
 

VIXE SE FOSSE MAIS PERTIM.

Pesquisa feita em Monteiro no Restaurante Meia Pataca, na calçada do Banco do Brasil, na antiga palhoça Zé Marcolino, em dias de sábado no beco do mercado, barbearias, bares e praças da nossa cidade pelo conterrâneo

 

Antônio Romualdo Carlos Gomes
cacimbanova@gmail.com